SBEM DF

Circuito de Vivências

Aspectos Históricos

Muitas possibilidades vislumbradas na literatura em Educação Matemática têm contribuído para a melhoria da formação inicial e continuada do professor que ensina matemática e registram experiências exitosas, vivenciadas em diferentes instituições, junto a públicos também diversos. Algumas podem ser conhecidas, recriadas e/ou ampliadas e são, na maioria, divulgadas pelas sociedades, organizações e/ou grupos da área de Educação, de Matemática, de Educação Matemática e de Psicologia da Educação Matemática, no Brasil [1] e no Exterior [2].

Nesse sentido, a Faculdade de Educação e o Departamento de Matemática da Universidade de Brasília têm contribuído decisivamente para e na produção de material didático para os processos de formação continuada de professores que ensinam matemática no Brasil. Como exemplo, temos:

  • O projeto pioneiro, coordenado pela professora Nilza Eingenheer Bertoni, Doutora Honoris Causa pela UnB, denominado: “Um novo Currículo de Matemática [3] da 1ª a 8ª séries – Subprograma para o ensino da Ciência – SPEC – MAT – UnB/MEC/CAPES/PADCT2”.
  • O Curso de Pedagogia para Professores em Início de Escolarização (PIE) em parceria com a SEEDF que congregou professores da rede pública de ensino, pesquisadores e egressos dos vários níveis de formação da UnB, entre eles, do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Educação, da linha de pesquisa de Ensino e Aprendizagem.
  • O Programa Gestão da Aprendizagem Escolar (GESTAR), que congregou outros pesquisadores, entre eles egressos do departamento de matemática – como é o caso do Prof. Cristiano Alberto Muniz –, em uma proposta de formação continuada em matemática para professores dos Anos Inicias e Finais do Ensino Fundamental, sendo desenvolvido em vários estados da federação [4].

Além desses, destacam-se, também, o Pró-letramento, o Pacto Nacional para a Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), o Pacto Nacional pelo fortalecimento do Ensino Médio, entre muitos outros [5]. Mais recentemente, destacam-se os materiais produzidos no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e Programa de Educação Tutorial (PET) [6].

Nesse cenário, desde sua criação, em 1999, a SBEM-DF já se preocupava com a formação continuada de professores e, por isso, propunha e realizava Oficinas de Matemática, com o intuito de congregar maior número e diversidade de profissionais preocupados com a aprendizagem e o ensino da matemática, assim como em favorecer a organização de evento aberto ao grande público, dentro e fora da escola, de forma a atrair a atenção para a educação matemática. Naquele momento, destacamos a grande atuação das professoras Nilva Perine e Avelina Pereira Neves.

A partir de todas essas experiências e de posse das aprendizagens construídas no projeto de extensão intitulado Serviço de Atendimento Matemático à Comunidade [7] (SAMAC), nasceu, em 2004, o Circuito de Vivências em Educação Matemática do Distrito Federal. O Circuito de Vivências difere das Oficinas porque atua diretamente com os estudantes da educação básica, isto é, o trabalho é realizado para os estudantes e não mais somente para os professores, como era o foco das oficinas.

Legenda

[1] Para mais informações acesse, por exemplo: http://www.sbembrasil.org.br/files/v_sipem/http://www.sbm.org.br/pt/, https://www.sbemdf.com.br/, http://www.mat.unb.br/pibid/.

[2] Informações podem ser obtidas em: http://www.fisem.org/www/index.php; http://xiv.ciaem-iacme.org/index.php/xiv_ciaem/xiv_ciaem; http://www.mathunion.org/ICMIhttp://www.apm.pt/portal/index.php

[3] Para mais informações acesse: http://32reuniao.anped.org.br/arquivos/trabalhos/GT19-5778–Int.pdf

[4] Informações a respeito das fases e da abrangência, como também do material didático produzido, podem ser obtidas em: http://portal.mec.gov.br/

[5] Informações sobre todos eles podem ser obtidos no site do Ministério da Educação http://pacto.mec.gov.br/.

[6] http://www.mat.unb.br/

[7] Iniciou-se em 1996, no Departamento de Matemática, por meio de um projeto de extensão, o Serviço de Atendimento Matemático à Comunidade (SAMAC), sob a orientação da professora Maria Terezinha Jesus Gaspar. O projeto contou com a participação de bolsistas e voluntários dos cursos de licenciatura em matemática e pedagogia e ofertou, gratuitamente, à comunidade local atendimento em matemática escolar. Este trabalho propiciou aos estudantes de graduação a oportunidade de interagir com estudantes e professores do ensino fundamental e médio e da comunidade em geral por meio de propostas pedagógicas discutidas pelo grupo em momentos de formação no projeto. Essa oportunidade propiciou a criação, produção, construção, experimentação e validação de sequências de ensino para o processo de aprendizagem matemática.

Tabela descritiva do Circuito de Vivências

Datas Importantes

  • 2003 – discussão/planejamento;
  • 2004 – início das atividades;

Instituições envolvidas

  • Universidade de Brasília (Departamento de Matemática, Faculdade de Educação e Instituto de Psicologia).
  • Universidade de Brasília – Campus Planaltina e Gama.
  • Instituto Federal de Brasília.
  • Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
  • Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE/SEEDF).
  • Universidade Católica de Brasília (UCB).
  • Faculdade Projeção (antiga Faculdade Jesus Maria José de Taguatinga-DF).
  • Faculdade Estácio de Sá (antiga Facitec de Taguatinga-DF).
  • Faculdade Unip (Brasília, Asa Sul).

Programas de Pós Graduação e iniciação Científica envolvidos

  • Programa de Mestrado Profissional (ProfMat), Departamento de Matemática, UnB.
  • Programa de Mestrado em Educação, Faculdade de Educação, UnB.
  • Programa de Pós-graduação em Educação Matemática, Universidade Católica de Brasília.
  • Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), Departamento de Matemática, UnB.
  • Programa de Educação Tutorial (PET), Departamento de Matemática, UnB.
  • Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), Faculdade Projeção.
  • Laboratório de Educação Matemática – Faculdade Estácio de Sá.

Objetivos

  • Promover o pensar e o fazer matemática de maneira investigativa e criativa junto a estudantes da Educação Básica de Escolas Públicas da SEEDF;
  • Promover a produção de vivências em matemática por estudantes de graduação, pós-graduação, professores e pesquisadores da área de ensino de matemática, vinculados aos cursos de licenciatura em matemática e pedagogia de instituições públicas e particulares;
  • Desenvolver e avaliar as vivências produzidas;
  • Instituir a pesquisa colaborativa como ferramenta de formação inicial e continuada para o professor e/ou futuro professor que ensina matemática, assim como defende Fiorentini (2005), em todas as instâncias de produção, organização, avaliação, execução e socialização das vivências.

Princípios Teóricos-Metodológicos

Produção de vivências em matemática tendo como referência o currículo de matemática da SEEDF em consonância com os aspectos teórico-metodológicos defendidos por Muniz (2010), Bertoni (1983, 2003, 2008) e Skovsmose (2000).

Metodologia

Execução do Circuito de Vivências em Educação Matemática nas escolas da SEEDF

Eles são realizados em escolas públicas, previamente agendadas; cada vivência é desenvolvida por dois ou mais responsáveis, durante 40 minutos, em regime de circuito. Com isso os participantes têm a oportunidade de vivenciar até 5 vivências.

Demanda

A busca por agendamentos cresce a cada ano e o calendário anual é organizado com bastante antecedência. Para atender a demanda das escolas – sem lista de espera – o número de circuitos e pessoas envolvidas deveria triplicar.

Avaliação

As vivências em Educação Matemática são avaliadas tanto pelos estudantes das escolas atendidas quanto pelos que oferecem as vivências por meio de formulários de avaliação construídos para esse fim pela equipe. As avaliações têm auxiliado nos processos de reelaboração e adequação das vivências aos princípios teóricos-metodológicos.

Formação e Pesquisa

As vivências são produzidas de modo colaborativo assim como defende Fiorentini (2005) tendo sempre um(a) coordenador(a) que dialoga com os proponentes das vivências. Os proponentes são vinculados às instituições e programas citados anteriormente. Depois de aplicadas nas escolas, muitas delas, passam por adaptações em função das aprendizagens provenientes da prática.

Desse modo, o Circuito de Vivências em Educação Matemática do Distrito Federal tem se fortalecido enquanto espaço de formação para os professores e futuros professores que ensinam matemática no DF, na medida em que integra profissionais da escola e da universidade e utiliza a investigação matemática como princípio no planejamento e mediação das vivências. Além disso, tem sido elemento propulsor de aprendizagens, curiosidades, descobertas e interesses renovados por parte de estudantes da educação básica da rede pública de ensino do DF. Por meio dos Circuitos de Vivências, a SBEM-DF tem adentrado às escolas e participado ativamente de seus processos e é essa possibilidade inovadora que tem enriquecido a todos: estudantes da educação básica, professores e todos aqueles que trabalham de forma voluntária COM/PARA a SBEM-DF.

Circuito de Vivências realizados

Esse obra da SBEM DF é algo tão bem consolidado no processo de ensino e aprendizagem de matemática no Distrito Federal e Entorno que a lista é muito grande para ser apenas colocada aqui na página. 

Por isso a planilha atualizada está disponível para acesso e download de interessados, basta clicar no botão abaixo.

Plataforma Circuito de Vivências

Em construção.

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